Entre idas e vindas percorro diversos caminhos e sempre
retorno a um mesmo lugar: o da escrita. Todos, por pouco que me conheçam sabem
o quanto essa arte me encanta!
E nesta retomada (que espero ser definitiva) cito um pequeno
verso de uma canção pela qual tenho imenso carinho e que intitula este primeiro
texto: “Torna-te quem tu és”.
Ao refletir sobre esse pequeno verso me vem o
questionamento: será que sabemos realmente quem somos ou simplesmente somos
aquilo que querem que sejamos?
Cada vez mais notamos um enorme paradoxo entre o ser e o ter
e nos perdemos num mundo de consumismo desenfreado buscando muitas vezes preencher
um vazio que nem ao menos sabemos de onde vem e como se instalou em nós.
Somos o que somos e não o que temos ou buscamos adquirir. A
mídia e os diversos meios de comunicação ditam padrões defendidos como
essenciais e necessários para a felicidade humana e cada vez mais somos demarcados,
padronizados e alienados num círculo vazio e cheio de mesmices cotidianas. Nos
tornamos uma só massa e somos levados a uma só direção. Perdemos nossa
individualidade e nossa essência. Surgem então as frustrações, os desânimos e
tantos outros males que acometem o ser humano neste tão confuso século XXI.
E então, o que fazer? Seja, permita-se!
Aproprie-se de si. Desprenda-se de padrões, de ditos da moda, de coisas fúteis e supérfluas. Assuma
sua individualidade, acredite no seu potencial e viva os seus padrões. Não seja mais um na multidão, viva sua essência e se
agarre ao que realmente te faz feliz.
Enfim, “Torna-te quem tu és, canção, clarão, crescente, transcender; não arrisque crer na intuição, que em vão nos faz desvanecer.”
Enfim, “Torna-te quem tu és, canção, clarão, crescente, transcender; não arrisque crer na intuição, que em vão nos faz desvanecer.”
(Todos Enquantos – O Teatro Mágico)
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