segunda-feira, 20 de abril de 2015

“Torna-te quem tu és”



Entre idas e vindas percorro diversos caminhos e sempre retorno a um mesmo lugar: o da escrita. Todos, por pouco que me conheçam sabem o quanto essa arte me encanta!
E nesta retomada (que espero ser definitiva) cito um pequeno verso de uma canção pela qual tenho imenso carinho e que intitula este primeiro texto: “Torna-te quem tu és”
Ao refletir sobre esse pequeno verso me vem o questionamento: será que sabemos realmente quem somos ou simplesmente somos aquilo que querem que sejamos?
Cada vez mais notamos um enorme paradoxo entre o ser e o ter e nos perdemos num mundo de consumismo desenfreado buscando muitas vezes preencher um vazio que nem ao menos sabemos de onde vem e como se instalou em nós.
Somos o que somos e não o que temos ou buscamos adquirir. A mídia e os diversos meios de comunicação ditam padrões defendidos como essenciais e necessários para a felicidade humana e cada vez mais somos demarcados, padronizados e alienados num círculo vazio e cheio de mesmices cotidianas. Nos tornamos uma só massa e somos levados a uma só direção. Perdemos nossa individualidade e nossa essência. Surgem então as frustrações, os desânimos e tantos outros males que acometem o ser humano neste tão confuso século XXI.
E então, o que fazer? Seja, permita-se! Aproprie-se de si. Desprenda-se de padrões, de ditos da moda, de coisas fúteis e supérfluas. Assuma sua individualidade, acredite no seu potencial e viva os seus padrões. Não seja mais um na multidão, viva sua essência e se agarre ao que realmente te faz feliz.
Enfim, “Torna-te quem tu és, canção, clarão, crescente, transcender; não arrisque crer na intuição, que em vão nos faz desvanecer.” 
(Todos Enquantos – O Teatro Mágico)

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